O que é?
É uma uma falha genética que causa uma deficiência na retina — camada interna do olho sensível à luz.
No olho humano, a retina normalmente possui três tipos de cones sensíveis às cores. Cada um desses tipos capta o comprimento de onda de uma luz de cor primária — azul, verde ou vermelho. Dependendo do comprimento de onda da luz, um determinado tipo de cone é acionado. Esse por sua vez emite um sinal ao cérebro, permitindo que a pessoa identifique a cor. No entanto, pessoas daltônicas interpretam as cores de maneira diferente, visto que a sensibilidade dos cones a uma ou mais cores é fraca ou capta o comprimento de onda errado. A maioria dos daltônicos tem dificuldade em distinguir entre amarelo, verde, laranja, vermelho e marrom.
Quais são as causas?
A New Encyclopædia Britannica identifica um dos culpados como “o dispositivo de discernimento do comprimento de onda”. Cada um de seus olhos possui cerca de 130 milhões de receptores sensíveis à luz na retina, mas apenas 7 milhões destes lhe dão a visão cromática. Estes receptores das cores são chamados de cones, por causa de seu formato cônico.
As pessoas que têm visão cromática normal tem três tipos de cones. Alguns cones reagem melhor à luz de comprimentos de onda mais compridos (região do vermelho). Um segundo grupo sente os comprimentos de onda médios (verde) e os restantes os comprimentos de onda mais curtos (azul). Se um grupo de cones estiver faltando ou deixar de reagir devidamente ao comprimento de onda associado, a pessoa terá um problema. Se deixar normalmente de sentir o vermelho, por exemplo, notará muito pouca diferença de cor à medida que os tomates amadurecem, passando do verde para o laranja e daí para o vermelho.
Um dano ao nervo óptico, que influa na mensagem enviada pelos cones para o cérebro, pode provocar a cegueira às cores. Sabe-se que até algumas formas de medicação, tais como certas pílulas antimaláricas, causam distúrbio à percepção cromática. Alguns anticoncepcionais orais podem, segundo se relata, alterar a percepção dos azuis, dos verdes e dos amarelos. No livro Colour Vision Testing (Teste da Visão Colorida), a Dra. Voke alista tanto o fumo como o álcool quais responsáveis por certo grau de cegueira permanente para o vermelho e o verde.
O envelhecimento também colhe seu tributo, especialmente na sensibilidade da pessoa à luz azul. O pesquisador R. Lakowski comenta que a diferenciação das cores atinge seu auge na adolescência, e dura até os 35 anos. Daí, a pessoa vai diminuindo gradualmente sua diferenciação das cores, especialmente depois dos 60 anos.
Embora, no decorrer da vida, se possa contrair uma anomalia da visão cromática, a maioria dos que apresentam cegueira às cores já são assim desde que nasceram.
Daltônico? Como saber?
Um dos meios mais populares de se verificar a visão cromática é o teste de Ishihara.
O método é composto de um conjunto de 38 placas com pontos coloridos em intensidades diferentes. No centro dessas placas há um numeral com uma cor que o indivíduo com daltonismo pode não identificar. O resultado é fácil de se chegar: se você enxergar o número no centro, não é daltônico.
Quais números você vê abaixo?
Curiosidade: Por que ocorre principalmente nos homens?
O daltonismo hereditário é transmitido pelo cromossomo X. As mulheres têm dois cromossomos X, enquanto os homens têm um X e um Y. Dessa forma, se uma mulher herdar uma deficiência visual em um cromossomo X, o gene normal no outro cromossomo provavelmente vai anular a deficiência e sua visão será normal. Mas um homem que herda uma deficiência no cromossomo X não tem como se valer de outro cromossomo X para anular o problema.
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